sábado, 25 de abril de 2020

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domingo, 5 de janeiro de 2020

XÔ, deprê!!!

sábado, 15 de junho de 2019

MAL NOSSO

https://medium.com/@paulocarvalhaes/mal-nosso-2017-critiqueta-7a039734a443

(vide texto inteiro no link )

Mal Nosso (2017) | Critiqueta

Um ótimo terror nacional.  Paulo Carvalhaes

Mal Nosso é o filme de estreia do diretor Samuel Galli, que também assina o roteiro e a montagem do longa. Para um primeiro trabalho o primor técnico demonstrado aqui é digno de nota: a ambientação escura com poucos elementos de luz é maravilhosa, o roteiro é assustador e de certa forma diferente do convencional em filmes de terror, a montagem evita fazer com que certas cenas do filme o transformem em um simples trash. Todas as cenas de morte do filme são espetaculares e tensas. ... Os diálogos podem parecer truncados e até um pouco artificiais - heranças de um teatro tão presente na nossa dramaturgia. Mas, fora do texto falado, os atores brilham: não é a toa que o premiado festival australiano A Night of Horror International Film Festival consagrou o ator Ademir Esteves como melhor performance masculina -  o diretor Samuel Galli também foi premiado. Todos os sentimentos vivenciados pelo Arthur de Ademir Esteves são palpáveis, e vários dos seus momentos são legitimamente tocantes. Mal Nosso também fez sucesso em vários outros festivais, como Marche du Film em Cannes, e recebeu prêmios em muitos deles - sendo um sucesso de crítica no exterior. Impressionante para um primeiro trabalho, não? Cria várias expectativas para as próximas produções de Samuel Galli. Faço aqui questionamento parecido com o que fiz no texto sobre Motorrad: por que nossa mídia não fala sobre esse filme? Como um filme nacional faz mais sucesso no exterior que no Brasil? A distribuição em nosso pais ficou restrita a poucas salas e alguns festivais - até para ver online você terá algum problema. Eu apelei para torrent e, bem, era isso ou não teria visto.
Uma pena.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019


Mal Nosso (2017) | Critiqueta

Um ótimo terror nacional.


Arthur, protagonista de Mal Nosso

Após escrever sobre Motorrad algumas pessoas em um grupo de Facebook que faço parte me questionaram se eu havia assistido a ‘Mal Nosso’.
Não, nunca nem tinha ouvido falar.
- Você PRECISA assistir! - me diziam - É um filme de terror brasileiro MUITO bom!
Fato é que eu sofro de uma vaidade um pouco esquisita:
Adoro receber sugestões, geralmente eu as acato e assisto hora ou outra, mas quando me dizem que eu preciso ver algo a vontade é de nunca assistir. Quanta ousadia! Uma pessoa precisa comer, beber água, tomar banho, dormir…
… mas, vem comigo, vocês precisam assistir a ‘Mal Nosso’!

O problema de falar desse filme é que tudo que eu contar pode ser considerado spoiler e estragar a experiência. Eu mesmo li a sinopse antes de assistir ao filme, e gostaria de não ter lido - certos aspectos da sinopse só ficam claros após a primeira metade do longa. O trailer é ainda pior: entrega uma das principais viradas do filme. Evite.
Portanto contarei aqui apenas o básico para instiga-los:
Um pai solteiro, morando em uma casa apenas com a filha, por algum motivo desconhecido decide contratar um assassino na Deep-Web para realizar um trabalho. Esse assassino não é um simples matador, e sim um verdadeiro serial-killer. Quais as motivações desse pai e o desenrolar desse trabalho realizado pelo assassino são os grandes motores de Mal Nosso.
Mal Nosso é o filme de estreia do diretor Samuel Galli, que também assina o roteiro e a montagem do longa. Para um primeiro trabalho o primor técnico demonstrado aqui é digno de nota: a ambientação escura com poucos elementos de luz é maravilhosa, o roteiro é assustador e de certa forma diferente do convencional em filmes de terror, a montagem evita fazer com que certas cenas do filme o transformem em um simples trash. Todas as cenas de morte do filme são espetaculares e tensas.
A direção de arte feita pela Maysa Pettes (também novata), que soube compor bem o cenário e o aspecto de certos personagens, e a maquiagem do fenomenal Rodrigo Aragão são um show a parte. Uma pena que explanar sobre o trabalho de ambos entregaria de mais certos aspectos do filme - coisa que pretendo evitar nesse texto. Mas digamos que grande parte dos aspectos mais legais de Mal Nosso passam pelo trabalho desses dois.
O primeiro ato é longo, indo até a metade do filme. Após esse ato, o filme transforma-se em outro. Em compensação a conclusão do filme é curta e eficaz, deixando vários aspectos sobre seu fim subentendidos para o espectador. Talvez falte algum desenvolvimento para esse final, mas eu gosto da forma como acaba.
Os diálogos podem parecer truncados e até um pouco artificiais - heranças de um teatro tão presente na nossa dramaturgia. Mas, fora do texto falado, os atores brilham: não é a toa que o premiado festival australiano A Night of Horror International Film Festival consagrou o ator Ademir Esteves como melhor performance masculina -a o diretor Samuel Galli também foi premiado. Todos os sentimentos vivenciados pelo Arthur de Ademir Esteves são palpáveis, e vários dos seus momentos são legitimamente tocantes.
Mal Nosso também fez sucesso em vários outros festivais, como Marche du Film em Cannes, e recebeu prêmios em muitos deles - sendo um sucesso de crítica no exterior. Impressionante para um primeiro trabalho, não? Cria várias expectativas para as próximas produções de Samuel Galli.
Faço aqui questionamento parecido com o que fiz no texto sobre Motorrad: por que nossa mídia não fala sobre esse filme? Como um filme nacional faz mais sucesso no exterior que no Brasil?
A distribuição em nosso pais ficou restrita a poucas salas e alguns festivais - até para ver online você terá algum problema. Eu apelei para torrent e, bem, era isso ou não teria visto.
Uma pena.
E você, já assistiu? O que achou? Caso tenha gostado desse texto: Bate palma aê (elas vão de 0 a 50!), deixe seu comentáriocompartilhe com aquele seu amigo que se interessa pelo assunto e me siga no Medium para meus futuros textos!
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